Mestre de cerimônias em Brasília para ANABB– quando o protocolo encontra a leveza
- Ana Paula Grande
- 31 de mar.
- 2 min de leitura
No fim de março, tive o prazer de atuar como mestre de cerimônias em Brasília no evento “Igualdade e Inclusão – A voz feminina na construção de um Estado democrático de direito”, promovido pela ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil), em celebração ao mês das mulheres.
Com um formato dinâmico e participativo, conduzi os dois painéis do evento no estilo talk show, entrevistando as convidadas, conduzindo perguntas da plateia e estimulando também o diálogo entre as próprias painelistas. Tudo isso com espontaneidade, fluidez e naturalidade — sem deixar de lado os rituais protocolares que o momento exigia. O resultado? Uma plateia à vontade, engajada e sorrindo — e muitos elogios ao final.

Os debates trouxeram reflexões urgentes sobre representatividade, democracia e justiça social. As perguntas que conduzi ao longo do evento provocaram análises profundas sobre temas como a sub-representação feminina em cargos de poder e como isso afeta diretamente a legitimidade das instituições democráticas. Falamos sobre a importância de ações afirmativas dentro de empresas públicas e privadas, o impacto positivo da presença de mulheres em cargos de liderança, e como iniciativas estruturadas dentro de instituições, como o Banco do Brasil, têm gerado resultados concretos.
Um dos momentos mais marcantes foi a conversa sobre o papel dos coletivos e grupos de afinidade — como a Rede Mulheres — na construção de espaços mais igualitários e na mobilização interna por equidade. Também abordamos os desafios de colocar mais mulheres na política, debatendo alternativas como a reserva de cadeiras em cargos eletivos, e questionamos até que ponto a ausência de mulheres em tribunais e no Legislativo pode ser vista como uma violação ao princípio da isonomia.
Recebi no palco nomes de peso, como a senadora Leila Barros, a Procuradora-Geral da Fazenda Nacional Anelize Almeida, a consultora Dulcejane Vaz, a advogada Claudia Trindade, além de representantes do Banco do Brasil, como Ana Cristina Rosa Garcia, Lidiane Orestes e Cristiano Monteiro. Encerramos com uma palestra inspiradora da Ministra Grace Mendonça sobre a evolução dos direitos das mulheres no Brasil.
Como apresentadora de eventos corporativos, mediadora de painéis e eventos protocolares, acredito que a maneira como conduzimos um encontro tem o poder de transformar a experiência de quem está presente. Neste evento, optei por apresentar os currículos das convidadas de forma mais leve e personalizada, com um toque de narrativa e conexão com o público. Essa escolha, diferente do habitual, foi citada por muitas pessoas como um dos destaques do dia. A condução também foi elogiada no palco, pelo Vice-presidente da ANABB, que destacou o quanto o tempo passou rápido e como o público se manteve envolvido do início ao fim.
Esse é o tipo de trabalho que me move: conectar pessoas e ideias, criar pontes entre conteúdo e emoção — e mostrar que é possível fazer isso com profissionalismo, leveza e presença.
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