Afinal, não matei o Bruno.
Preferi manter o pai do meu filho vivo e a mãe em liberdade.
Minhas amigas maravilhosas se dividiram em escalas para me dar carinho, chás, massagem com lavanda e mc donald´s.
Falamos muito mal do Bruno em conjunto e, depois de muita raiva destilada, decidi prosseguir com esse rapaz que escolhi para criar um filho comigo.
Ainda o odiando bastante, pedi para ele me levar para a acupuntura.
(Vou pedir um milhão de coisas para dar muito trabalho pra ele.)
Eu já tinha ido ao consultório da Maria e já tinha me apaixonado por ela antes.
Acho que ela também me curtiu, porque chegando lá, a primeira coisa que ela me disse foi:
_ Sabe que gestante não pode fazer acupuntura, né? Não deixo elas nem passarem pela porta. Sua sorte é que eu tenho outras especialidades. Vamos fazer Barra de Acces, mas antes me conte o que está acontecendo.
Contei do processo da perda do neném, da nova gravidez, da língua maior que a boca do Bruno, da minha mais absoluta raiva dele e da minha enxaqueca que já durava mais de 48 horas.
Ela me perguntou como eu imaginava matá-lo.
_ Eu me imaginei matando ele na mesma bala do Bolsonaro. E o Bolsonaro era só o brinde. Entende isso? Entende o tamanho do ódio? Pra mim o Bruno era pior que o BOL-SO-NA-RO!
Na minha cabeça, eu dava um tirão na testa do Bruno com uma arma bem potente (que eu teria que pesquisar porque não entendo nada disso). A bala atravessava a cara dele e acertava a do Boçal em seguida.
O povo brasileiro me saudava, enquanto eu justificava:
_Eu queria matar só meu marido mesmo, mas aceito a estátua em minha homenagem. De nada, povo brasileiro!
Aí, a Maria responde:
_Corre pra maca!
.
ANOTAÇÃO:
A Barra de Access é uma coisa maravilhosa! Saí de lá pisando nas nuvens. Leve como quem tomou um tramal na veia.
Façam!