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  • 14 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

No foto-zine VINTE VINTE, o fotógrafo Bruno Stuckert e eu propomos uma reflexão sobre 2020. A narrativa ressalta a antítese entre os privilégios que dividem a sociedade e os sentimentos que colocam toda a humanidade navegando no mesmo barco.





SINOPSE:

Tem quem fale que 2020 nem começou, mas a humanidade não pode esquecer nenhum desses dias intermináveis de perdas, angústias e dores.

Não há o que romantizar no que aconteceu nesse ano que nunca chega ao fim.

Pessoas morrem aos montes do outro lado do muro, enquanto tentamos minimizar os impactos na nossa sanidade mental.

Crianças passam fome na ocupação do lado da nossa casa, enquanto a convivência diária extrema ao mesmo tempo nos desgasta e nos fortalece enquanto casal.

Uma mulher embala seu filho recém-nascido fumando um cigarro no lixão, enquanto a gente sofre um aborto no nosso apartamento.

Será que passamos mesmo pela tal data limite que Chico Xavier previu para sermos resgatados pelos extraterrestres? Ou será que estamos ainda presos nas trevas de 2019?

Parece que ano passado morremos e agora estamos perdidos em um dos 9 andares do inferno da Divina Comédia de Dante.




  • 7 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 18 de jan. de 2021

Eu nunca quis ter filho.

Jamais direi pras minhas amigas que têm a mesma concepção que eu sempre tive as coisas medíocres que eu tive que ouvir.


“Calma. O seu instinto materno vai aflorar mais cedo ou mais tarde”.

Instinto materno de cu é rola. Já faz tempo que saímos das cavernas pra sermos reféns de hormônios e úteros esfomeados.


“O relógio biológico vai tocar.”

Só me falta o papo de Eva e Adão. Relógio biológico é teu cu.


“Quando aparecer o homem certo você vai querer”.

Isso só funciona pra mulheres que querem viver a maternidade não-solo.


Acho que, na verdade, eu sempre fui esse tipo. Com tempo e terapia, entendi e comecei a verbalizar claramente que teria filhos com um cara que eu tivesse compatibilidade absoluta. Alguém que eu acreditasse que exerceria uma paternidade ativa. Que eu quisesse compartilhar a criação e a educação de uma criança nesse mundo louco.


Mas achava mesmo que esse cara nem existia.


A vontade bateu quando conheci o Bruno. Me deu vontade de descobrir como seria um serzinho metade eu, metade ele. O que vai ter de mim nele? O que vai ter dele?

Fiquei curiosa com a jornada louca. Com o tal maior amor do mundo. Com o Bruno pai.

Ele também.

Por isso decidimos nos jogar desse abismo sem paraquedas, com a esperança de criarmos nossas asas.


Não vou dizer pra nenhuma amiga: tenha filhos.


Só posso dizer que nunca vivi nada parecido até agora. E olha que eu já vivi muita coisa nessa vida, viu?


O bagulho é louco.

  • 31 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura


Ai filha, cuidado pra eu não te estragar do tanto que eu vou te amar.

Seu pai, então. Vai ser um descontrole de amor.

A Doce de Leite, não sei nem dizer. Vai dormir do seu lado o dia inteiro.

Prepare-se para cansar de tanto amor.

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