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A Argentina e o aborto

Atualizado: 26 de jan. de 2021

A Argentina legalizou o aborto e eu sou só felicidade.

Como é potente estar grávida e defender o aborto legal.


As mulheres estão abortando. Quer você queira, quer não.

Na época das nossas avós, usavam talo de mamona.

Na das nossas mães, cabides de arame.

Agora, Citotec.


Em comum entre elas duas coisas:

1. Muitas morrem tentando.

2. Elas continuam abortando.


Você não controla o útero de uma mulher. Se ela quiser abortar. Ela vai abortar.

Legalizar o aborto inclui uma série de medidas governamentais como apoio psicológico à mulher. Ela pode estar só confusa ou até sendo obrigada pelo “parceiro”. Por isso, a legalização não deve refletir no aumento de interrupções voluntárias da gravidez.


Então, por que eu defendo o aborto legal sendo que decidi prosseguir com a minha gestação?


Sou uma mulher branca, de classe média e que estudou nas melhores escolas de Brasília. Tive educação sexual, biologia e filosofia de alta qualidade durante toda minha formação.

Minha mãe me levou ao ginecologista assim que menstruei e automaticamente comecei a tomar pílulas anticoncepcionais.


Não podemos pautar a discussão sobre o aborto por mulheres com o meu perfil. A realidade é outra. As meninas e mulheres da periferia estão engravidando porque não têm o pacote básico de educação e acesso aos métodos anticoncepcionais.


Educação sexual para decidir.

Anticoncepcionais para não abortar.

Aborto legal para não morrer.


.


Se homem engravidasse, esse assunto jamais seria um tabu seria possível abortar em qualquer clínica de esquina.


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